Zeli Scheibel – escritora gaúcha, publicou seu primeiro romance em 2013, Muito Além do Perdão, sucesso com reconhecimento nacional. Apaixonada pela escrita, sua narrativa é envolvente ao apresentar romances espirituais, traz reflexões sobre a transcendência da alma, evidencia que a vida não se limita a esta vivência.
Vale a pena conhecer também seus outros romances As Rosas do Sobrado Azul, Posso Te Amar, O Inverno que Ninguém Vê e Pelas Hábeis Mãos do Tempo. Seus livros estão disponíveis inclusive em formato digital na Amazon.
Certificada em Líder Coach pela CCE – Internacional Coach Federation. Formada em Storytelling, pela McSill Story Studio. Pós-graduada em Psicologia Transpessoal – Alubrat/RS. Graduada em Relações Públicas pela Universidade FEEVALE/RS. Estudiosa e apaixonada pelas técnicas da Psicossíntese. Facilitadora do Método de Escrita Autorreflexiva – Diário das Memórias Alegres.
Depois de escrever três livros, aperfeiçoei-me profissionalmente na Literatura com James McSill. Em 2017 lancei o livro de autodesenvolvimento No Divã da Natureza – Em busca do essencial na meditação que liberta, associado à criação do Método de Escrita Autorreflexiva – Diário das Memórias Alegres.
Acredito que só há uma forma de ser uma pessoa melhor, ajudando outras pessoas a se descobrirem na trilha do autoconhecimento, com equilíbrio bom humor.
Casada, tenho três filhos e um lindo neto que compõe o instigante cenário do meu mundo. Amo escrever, o silêncio das flores que cultivo no meu jardim, que são por si só a representação de uma linguagem especial que escuto com os ouvidos da alma. Adoro caminhar pelo meu bairro apreciando as árvores, o colorido das flores e das folhas.
No dia em que recebi a notícia do estigma do câncer, o chão se abriu na minha frente. Após a cura e passado o estado de choque, percebi que a vida continua independente das adversidades que nos acontecem. Comecei a compor minha vida de outro jeito, valorizando as pequenas coisas, os pequenos gestos, o que me cerca e o que me toca.
Há momentos da vida em que as perguntas calam fundo. Então, é chegada a hora de fazer uma pausa, de refazer as energias e tentar canalizá-las numa direção. Dependendo do grau de entendimento de cada um, o bem viver pode ser edificante. É bom seguir uma trilha com inspiração no propósito de boas escolhas que definirão as regras do destino e do amanhã.
Busquei o estudo da doutrina Espírita para entender meus questionamentos. Fiquei surpresa, pois compreendi que valeu a pena investir na nova trajetória. Nesta encarnação, de oportunidade redentora, não podemos brincar de faz de conta. Tudo é contabilizado na balança da vida.
Hoje sou o que sou. Às vezes, extrovertida; outras, silenciosa, mas inquieta. Sei que não sou só isso, porém um pouco de tudo isso. Sei também que posso ser melhor do que sou. No entanto, ainda sou apenas quem estou. Portanto, sigo o caminho tentando acertar o passo, um de cada vez, sem atropelos.
Como o personagem Jonas, do meu livro O Caminho que Escolhi, aprendi que desejos e sonhos podem ser maiores que o mundo, mas cabem dentro de nós mesmos. Acredito nas imensas possibilidades existenciais que existem em mim; que há vida após outra vida, num constante recomeçar e um aprender permanente; que consigo dirimir diferenças, descobrir potencialidades e dominar fraquezas pessoais apoiada pelas Leis Divinas.
Depois do episódio do câncer, reinventei-me, resgatei a escritora que sempre existiu, mas estava adormecida.
Abaixo, duas frases do meu primeiro livro – O Vai e Vem da Vida.
“Enquanto escrevo, admiro, observo, questiono, trabalho, estudo, penso e, por tudo isso, tenho ainda muitas dúvidas”.
“Dói-me ver pessoas com depressão, angústia, tristeza, desesperanças e sofrimentos, com rostos calejados de lágrimas e com dificuldades de encontrar sua própria saída”.
Apesar de não ler tanto quanto gostaria, degusto cada palavra do pouco que leio, extraindo a beleza do pensamento de quem as escreveu. Aquilo que me toca, pergunto onde se encaixa em mim e o que preciso entender com aquilo que estou lendo. Medito, observo, integro e interajo. Sempre acrescenta algo dentro de mim. Um cadinho é verdade, imperceptível talvez, mas tudo se torna grandioso, porque sei que aquele pouco, tão pequeno, ao mesmo tempo tão grande, seria capaz de mudar um pensamento, uma fala, uma atitude. Apaziguo meu coração, tudo está certo do jeito certo. Assim, compõe-se o cenário da minha vida.
Os livros que ainda não li ― tenho consciência da minha lentidão para lê-los ― estarão sempre à minha espera, à minha disposição. Nada foge do meu querer, das minhas possibilidades. Escrever livros é a minha maior terapia, mas sigo com um passo de cada vez. Quero chegar, mas quero ser consciente do que sou: criação divina.
Meus escritos são para quem ousa buscar razões para amar e ser feliz. Acredito que na vida tudo tem fundamento na espiritualidade que ancora o propósito da qualidade de vida; que o amor é a mola propulsora para impulsionar a vontade de superar desafios e vencer as vicissitudes; que somos capazes de transformar coisas, transformando-nos; que a nossa missão é evoluir e que só tem um jeito de ser uma pessoa melhor, ajudando outras pessoas a se descobrirem na trilha do autoconhecimento, com equilíbrio e bom humor.
Sempre amei os livros, mesmo na época em que não podia comprá-los e não sabia ler, ainda assim amava os livros. Na minha imaginação, os livros contavam histórias, que acreditava ser de seres invisíveis, sobre um mundo que só existia para encantar pessoas.
Escrever é um ato terapêutico, faz-me um bem enorme. Além do entretenimento de um belo romance, procuro deixar uma mensagem de autoconhecimento ancorada na espiritualidade. Um convite à reflexão sobre a escolha do plantio das boas sementes, para que se tenha uma colheita de surpresas agradáveis.
Amo a vida e escrever faz parte deste amor que posso compartilhar através das histórias que conto.